Medidas anunciadas pelo governo não são suficientes para melhorar situação financeira dos Municípios, alerta CNM

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Medidas anunciadas pelo governo não são suficientes para melhorar situação financeira dos Municípios, alerta CNM

Terça, 15 de setembro de 2015.

SXC.huA área de Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Muncípios (CNM) fez uma analise das novas medidas divulgadas pelo governo federal para o ajuste fiscal. Para CNM, estas medidas não serão suficientes para melhorar situação financeira dos Municípios.

A gestão municipal tem sofrido bastante com a crise economica. Boa parte dos Municipios brasileiros dependem de transferências constitucionais como o Fundo de Participação dos Municipios (FPM) – o recurso mais importante para mais da metade dos Municípios. Só o repasse do primeiro decendio do FPM do mês de agosto teve uma queda de 38% em relação ao mesmo período do ano passado.

O governo espera, com as medidas divulgadas, um aumento de R$ 39,8 bilhões na arrecadação. Deste valor, somente R$ 4,9 bilhões podem auxiliar nas finanças municipais, pois as medidas aumentam de alguma forma o Imposto de Renda (IR) – que integra o FPM. Por tanto,  o impacto direto no FPM do ano que vem pode ser de R$ 1,2 bilhão. Já no lado da despesas o governo anunciou um corte de R$ 26 bilhões, esperando chegar a um resultado primário de R$ 34,4 bilhões.

Pacto Federativo
A CNM lamenta que essa estrategia do governo não resolverá os problemas dos Municípios. Para isso, a entidade explica que seriam necessárias medidas para resolver o problema estrutural que a federação enfrenta. Assim, a CNM defende um Pacto Federativo mais justo.

Ainda de acordo com os cortes anunciados, uma que chama a atenção e referente aos programas federais,  os Municípios são os execultores dos programas, é para que os cortes não os afetem, o governo propôs fontes alternativas de receita. No caso do Programa de Aleceração do Crescimento (PAC) e do Orçamento da Saúde, a ideia é que as emendas parlamentares sejam redirecionadas para essas áreas.

CPMF
Para alcançar o aumento de receita, o governo anunciou ainda  a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com uma aliquota de 0,2 por cento. O governo espera arrecadar R$ 32 bilhões, essa receita ficará somente para a União, com o objetivo de custear o gasto previdenciário.

Das 16 medidas anunciadas, apenas uma, que prevê economia de R$ 2 bilhões com a redução de benefícios fiscais a exportadores, não precisará passar pelo Congresso.