No passado uma preocupação e atualmente um exemplo de preservação ao Meio Ambiente. Assim podemos definir o Centro de Compostagem de Campos Novos, implantando há cerca de um ano no município com apoio técnico da Associação dos Municípios do Planalto Sul de Santa Catarina (AMPLASC).
A história de sucesso na gestão de resíduos sólidos foi apresentada na Assembleia Legislativa (ALESC) nesta sexta-feira (11) durante o Fórum Estadual Lixo Zero.
A iniciativa da atual Administração de Campos Novos foi selecionada no programa Boas Práticas da FECAM e está entre as 7 experiências de sucessos de municípios catarinenses com probabilidade de ser apresentada no Fórum Nacional Lixo Zero, no dia 22 de junho, em Brasília/DF.
Independente disso, programa “Campos Novos Sustentável” por meio do projeto de Compostagem já é referencia para outros municípios de Santa Catarina.
O secretário de Planejamento e Coordenação Geral de Campos Novos, Vilmar Antônio Ferrão Júnior, explicou que o projeto iniciou em 2017, foi remodelado no ano seguinte e colocado em prática a partir de 2019.
Nos primeiros dias de gestão, administração precisou recuperar o local onde o lixo era descartado irregularmente. Para ir além disso, foram criadas práticas que pudessem muito mais do que coletar as 700 toneladas de descartes geradas mensalmente na cidade. De acordo com o secretário, além da destinação correta de eletrônicos, pneus, remédios e lixo orgânico, foi iniciado um sistema de compostagem, além da instalação de pontos de coleta nas escolas.
“Temos 10 containers com 11 tipos de reciclagem, para pilhas, garrafas PET e óleo, entre outros. Eles ficam voltados para a rua, para atender toda a comunidade ao redor. A ideia é que a escola eduque e comunidade leva o resíduo”, contou. Os recursos gerados com a reciclagem ficam para as próprias escolas. “Com a educação do adulto e dos alunos, desde a infância, teremos uma cidade bem diferente daqui 10 a 15 anos”, assegurou.
O engenheiro ambiental da AMPLASC, Rodrigo da Silva, relatou que a estrutura do Centro de Compostagem foi construída toda de forma sustentável (cisternas/muro de pneu/iluminação led/cobertura telha ecológica). A sistemática consiste no recolhimento de materiais de resíduos orgânicos dos maiores geradores no município por bombonas e caminhão próprio e levado até o galpão e deposita em leiras coberta com serragem, maravalha e galhos recolhidos nas ruas e picados.
A compostagem quando finalizada vira adubo e é destinado à população, utilizado para canteiros de flores do município e hortas escolares.
Rodrigo destaca que devido a demanda crescente as leiras saturaram. “Nós não achávamos que iria ser tão rápida esta ação. Projetamos para 2 ou 3 anos mas, já saturou. Então, já estamos com projeto de ampliação deste programa para tirar o máximo possível deste resíduo orgânico”, explica.
Na prática a compostagem tem dado resultado ao Meio Ambiente e as finanças do município, na qual deixou de gastar com coleta e destinação correta dos resíduos.
“Somente em um ano houve a redução de 470 toneladas de resíduos mês destinados para aterro. Gerando uma economia de R$250 mil mas, a economia ambiental é muito maior,” finalizou Rodrigo.
Acompanharam também a apresentação do projeto na ALESC o vice-prefeito de Campos Novos, Gilmar Marco Pereira, o engenheiro agrônomo da AMPLASC, Fábio Correa e representantes do FUNDEMA e da Secretaria de Agricultura.
Fonte: ASCOM AMPLASC