Prefeitos realizam mobilizações microrregionais e estadual.

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Os prefeitos catarinenses estarão mobilizados em Florianópolis, no dia 17 de agosto, para apresentar sugestões ao plano de gestão dos candidatos ao governo do Estado, que incorpore a visão de realidade dos municípios. O encontro dos gestores municipais com os oito candidatos postulantes ao governo estadual, coordenado pela FECAM e Associações de Municípios, acontece a partir das 9h, no auditório do Centro de Convenções (Centrosul), em Florianópolis. Hoje (10/7), a FECAM encaminhou a pauta de projetos prioritários dos municípios aos candidatos.


 Os gestores municipais propõem cinco projetos prioritários, que constam em um documento que também será entregue ao governo do Estado e a Assembléia Legislativa. Essa pauta de prioridades da Mobilização Estadual dos Municípios Catarinenses será discutida em cada microrregião do Estado, na qual acontece uma pré-mobilização. A Federação propôs o dia 20 de julho, para que sejam realizadas, simultaneamente, as manifestações nas 21 associações.


 Segundo o presidente da FECAM, Anísio Soares, os prefeitos terão a oportunidade de discutir nas manifestações locais, as dificuldades regionais. “Há municípios que enfrentam problemas com a queda nas exportações e nas atividades econômicas, ocasionadas pela baixa cotação do dólar e a perda de mercado para exportar os produtos da suinocultura e da indústria moveleira; outros ainda convivem com os reflexos da estiagem, além da queda na arrecadação e o aumento das despesas. Por isso, a importância de se deliberarem ações locais para tentar minimizar essas dificuldades”, disse.


 Na pauta há projetos no âmbito federal e estadual. A nível federal, os prefeitos solicitam apoio do governo do Estado na aprovação da Mini-Reforma Tributária, onde está incluso o aumento de 1 ponto percentual no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que representará para os cofres municipais um aumento de mais de 50% no repasse, já a partir do corrente exercício, se votada e aprovada.


 No Estado, reivindicam a adoção de um plano progressivo de reajuste para que o Estado cumpra integralmente os custos do transporte escolar dos alunos da rede pública estadual, conforme preconiza a Lei nº 10.709, de 31 de julho de 2003. Atualmente, o governo do Estado repassa recursos em nove parcelas, para que os municípios realizarem o serviço, que é de competência do Estado.


 De acordo com o presidente da FECAM, Anísio Soares, a federação negocia desde fevereiro a ampliação em 30% no valor do orçamento do Transporte Escolar, que totalizaria o repasse para 36 milhões de reais, em 2006.”Os recursos repassados não são suficientes para garantir o transporte dos alunos. Para oferecer o serviço o prefeito investe recursos da receita própria do município. Vamos solicitar ao governador do Estado, que aprove o aumento para esse ano e que o futuro governador atenda a solicitação dos prefeitos e cumpra integralmente os custos, em 2007″, disse o presidente. Os gestores municipais também solicitam agilidade e regularidade no repasse das parcelas aos municípios.


 Outra preocupação dos prefeitos refere-se ao impacto financeiro que a inserção de novos critérios para o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), como propõe Projeto de Lei Complementar PLC 0010.9/2003, pode gerar aos municípios. A principal alteração refere-se à adoção de critérios ambientais para definir o valor a ser repassado aos municípios do bolo arrecado do ICMS, ou seja, a criação do ICMS Ecológico.


 No documento, os prefeitos solicitam a suspensão imediata do PLC 0010.9/2003, até que o projeto seja analisado pela FECAM e Associações de Municípios, que realizará simulações sobre o impacto financeiro causado e levantará informações sobre a participação de cada município catarinense em cada um dos novos critérios.


 Os gestores municipais também reivindicam a alteração na Lei 13.342, de 10 de março de 2005, que dispõe sobre o PRODEC e FADESC, para que em cada pagamento do PRODEC os municípios recebam a parcela dos tributos que lhes pertence, como os 25% do ICMS. Atualmente, a lei determina que o repasse aos municípios se dê somente após a quitação integral de todas as parcelas. “Desta forma, é postergado o repasse de recursos pertencentes aos municípios”, explicou o presidente da FECAM.


 Para encerrar a pauta, os prefeitos defendem a eqüidade na aplicação dos recursos do Fundo Social, entre as regiões e município do Estado de Santa Catarina.


 “Os candidatos ao governo do Estado terão a oportunidade de conhecer de maneira clara, estruturada e apartidária quais as prioridades dos municípios”, disse Soares.


Fonte: www.fecam.org.br