Nessa quarta-feira (29) os prefeitos da AMPLASC participaram, por meio de videoconferência, da 2ª rodada de encontros regionais sobre a infraestrutura regional de saúde no combate ao Covid-19 promovido pelo Governo do Estado.
A iniciativa surge diante do pedido da FECAM para que haja maior transparência nas ações de enfrentamento ao coronavírus em Santa Catarina.
Pela dinâmica proposta somente uma pessoa por associação teria direito a questionar, por até 5 minutos, o Secretário de Estado da Saúde, sendo delegada a prefeita de Vargem, Milena Lopes, que também é vice-presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/AMURES). Porém, puderam acompanhar como espectadores os prefeitos, secretários de saúde, diretores de hospitais das regiões do Meio-Oeste e Serra, o que corresponde as associações: Amplasc, Amures, Amauc, Amurc, Ammoc e Amarp.
A videoconferência contou com esclarecimentos do Secretário de Saúde, Helton Zeferino, e do o chefe da Casa Civil, Douglas Borba.
A demanda do Hospital de Campanha de Covid-19 foi apresentada como necessidade das regiões da AMPLASC e AMMOC. Porém, não houve posição concreta dos representantes do Estado naquele momento.
“Cobramos do Estado mais clareza nas informações, agilidade na infraestrutura e investimento nas unidades hospitalares da nossa macrorregião, desde leitos hospitalares a mão de obra humana qualificada”, destacou Milena.
Borba ainda falou sobre os desafios do Governo na tomada de decisão, reforçando que as equipes atuam diariamente de acordo com o cenário atual da pandemia em Santa Catarina. “As decisões tomadas até aqui foram baseadas na ciência e nas recomendações das autoridades de Saúde”, salientou.
O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, apresentou os números de leitos por região e o plano estratégico estadual para chegar aos 1.523 leitos previstos no Estado. Desde o início da pandemia em Santa Catarina, 303 foram abertos. No total, serão 713 novos leitos em 48 hospitais.
O prefeito de Abdon Batista e presidente da AMPLASC, Lucimar Antônio Salmória, comentou que dos argumentos apresentados pelos Secretários, ficaram muitas questões sem respostas. “É necessário que tenhamos uma infraestrutura adequada para enfrentar esta grande adversidade e que façamos uma análise pormenorizada de cada região para tomarmos os encaminhamentos e articularmos com o Governo do Estado para melhores condições de atendimento na Saúde”, esclareceu.
Os secretários ainda reforçaram que entendem a expectativa dos prefeitos em saber com antecedência as decisões do Governo, porém isso nem sempre é possível.
Na oportunidade apresentaram a ferramenta de dados do Governo do Estado que detalha a situação da pandemia em cada local e aponta, entre outras funções, a previsão de ampliação de leitos por cidade. Segundo Zeferino, o cidadão pode saber quantos leitos tem disponíveis em sua cidade ou região. “Em breve, também será possível acompanhar a taxa de leitos de UTI e de enfermaria com pacientes com Covid”, explicou.
UTIs no Meio-Oeste e Serra
A macrorregião do Meio Oeste e do Planalto Serrano é formada por 71 municípios, com aproximadamente 900 mil habitantes. Para tratamento de coronavírus estão vocacionados oito hospitais com 161 leitos de UTI. Eles possuem 43 novos leitos de UTI ativos. A macrorregião possui 183 casos confirmados e 1 óbito até o momento.
O Governo do Estado planeja chegar a 193 leitos de UTI na região, sendo 75 novos leitos habilitados.
Fonte: Assessoria de Comunicação da AMPLASC
